27.8.07

O que resta


O que resta ...

Resta o passado, o meu passado ...

Não por mim, mas por ti, que nele existes ...

Por ti, que me povoas a memória
Dos dias em que quis perfumar as tuas noites,

Preencher os teus braços e a tua vida

E na altura do teu peito encontrar um jeito de abrir uma janela para deixar entrar a felicidade ...

Sobraram as mil estátuas dos teus gestos,

o teu olhar onde a mando de tanta mágoa e com o sabor amargo do abandono


estacou, o meu destino ...

Resta o passado, que não foge e que não cansa


Resta a saudade, mais fiel e menos triste que a esperança ...