30.9.07

Hoje

Hoje vi-te passar.
E parecias tão diferente. Quase não te reconheci.
Foi estranho não reconhecer o teu caminhar, o sorriso que de tão raro, quase nunca se deixa ver.
Foi aí que me apercebi que é muito mais que o tempo e a ausência, aquilo que nos separa. É uma vida inteira.
Parei no meio da minha vida para te olhar.
Contemplei-te como um acontecimento raro, pelo qual devia ser grata todos os dias.
Até ao dia em que percebi que a distância nos apagou do livro.
Queria eu poder voltar no tempo e fazer toda a diferença... Agarrar-te não sei como, puxar-te para o meu mundo... ou então, ter-te deixado, tão simplesmente, passar.
Sonhei demais contigo, comigo na tua vida, contigo na minha.
Imaginei-te em todos os lugares, por todos os cantos da casa.
E foi tão real que cheguei a sentir-te lá. Comigo.
E foi real porque realmente tudo se passou tão verdadeiramente, no meu coração.
Hoje passaste por mim.
E hoje sei realmente que passaste.
Há coisas na nossa vida, que não foram feitas para durar.
Apenas se limitam a passar... por nós.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Agora que está longe, o gato sorumbático espera apenas que um reencontro dos tempos lhe permita tornar-se, novamente, num gato ao sol.

5:50 da tarde, outubro 01, 2007  

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