8.11.06

Desacreditar


O desacreditar prende-me,
Fecha-me o horizonte que eu deveria abrir.
É um mar sem outro lado,
Alguém que não posso tocar.
Mata a cada dia o que ontem ainda era possível.
Mas neste dia, e só neste,
Atravesso o mar e uno o meu horizonte ao teu.
Percorro-te com as minhas mãos que ainda acreditam
Mesmo depois de toda a escuridão,
Mesmo que só vejas em mim a frieza de quem já não acredita.
Mesmo que vejas como fujo e me escondo para não sonhar.
Mesmo que saibas do meu não acreditar.